Cuiabá é a cidade mais quente do país em 2024, e Inmet emite alerta para 80 municípios de Mato Grosso devido à baixa umidade.
Neste sábado (7), Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, registrou a temperatura mais alta do Brasil em 2024, atingindo impressionantes 42,6°C. A marca histórica superou o recorde anterior, que havia sido alcançado em agosto, quando os termômetros chegaram a 41,8°C. O intenso calor coloca Cuiabá no topo do ranking das cidades mais quentes do país, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Outras cidades do estado e da região Centro-Oeste também enfrentam temperaturas extremas, refletindo a severidade da atual onda de calor.
O município de Santo Antônio do Leverger, também em Mato Grosso, ocupou o segundo lugar no ranking com 41,6°C, seguido por São José do Rio Claro (41,1°C) e Aquidauana, em Mato Grosso do Sul (41°C). Essas localidades estão no centro da onda de calor que vem castigando diversas regiões do Brasil. (Veja a lista completa abaixo).
Ranking das temperaturas mais altas do sábado:
- Cuiabá (MT): 42,6°C
- Santo Antônio do Leverger (MT): 41,6°C
- São José do Rio Claro (MT): 41,1°C
- Aquidauana (MS): 41°C
- Coxim (MS): 41°C
- Rosário Oeste (MT): 40,9°C
- Água Clara (MS): 40,9°C
- Rondonópolis (MT): 40,7°C
- Porto Nacional (TO): 40,6°C
- Nhumirim (MS): 40,4°C
Alerta de calor extremo e baixa umidade
A onda de calor que domina grande parte do território nacional trouxe consigo não apenas temperaturas recordes, mas também uma preocupante queda nos níveis de umidade relativa do ar. De acordo com o Inmet, 80 municípios de Mato Grosso estão sob alerta vermelho devido à baixa umidade, que pode ficar abaixo de 12%. Este índice coloca em risco tanto a saúde da população quanto o meio ambiente, aumentando a chance de incêndios florestais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a umidade relativa do ar permaneça entre 60% e 70% para garantir boas condições à saúde humana, o que torna o cenário atual ainda mais alarmante.
O Instituto Nacional de Meteorologia também prevê que o calor intenso continuará no domingo (8), com Cuiabá podendo registrar temperaturas próximas de 40°C. A tendência é que a onda de calor se intensifique nos próximos dias, agravando as condições climáticas adversas.
Previsão para o mês de setembro
Com o início de setembro marcado por temperaturas recordes, os especialistas preveem que o restante do mês seguirá com condições climáticas similares. O Inmet aponta que a tendência é de tempo seco e temperaturas acima da média em boa parte do país, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Em áreas do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí, as médias de temperatura podem ultrapassar os 30°C, com possibilidade de novas ondas de calor.
Chuvas e seca
As previsões do Inmet indicam que, no decorrer do mês, as chuvas devem ser escassas, com exceção de algumas áreas. A região Norte, principalmente sua porção setentrional, além do sul de Mato Grosso do Sul e São Paulo, e parte da Região Sul, pode receber chuvas acima da média. No entanto, o restante do país, especialmente as regiões Centro-Oeste, Sudeste, o sul da Região Norte e o interior do Nordeste, deve enfrentar uma temporada com precipitações abaixo do esperado. A falta de chuvas agrava a situação das queimadas, que já têm números elevados em diversos estados, potencializando os riscos ambientais.
Impacto na saúde e no meio ambiente
As condições climáticas extremas trazem uma série de impactos negativos para a população e para o meio ambiente. Com a baixa umidade do ar, problemas respiratórios e desidratação se tornam mais frequentes. Além disso, o calor excessivo eleva o risco de insolação e hipertermia, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos e crianças.
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No aspecto ambiental, a combinação de altas temperaturas e baixa umidade cria um ambiente propício para o surgimento de incêndios florestais. Com isso, áreas de preservação e reservas naturais em Mato Grosso e em outros estados da região estão em alerta máximo. O aumento do número de queimadas já é uma realidade, e a tendência é que esse número cresça nos próximos dias.
Preparação e cuidados
Diante desse cenário, as autoridades recomendam que a população tome medidas preventivas para se proteger dos efeitos da onda de calor. A hidratação constante, o uso de roupas leves e a permanência em locais frescos e arejados são algumas das recomendações. Além disso, o Inmet alerta para o cuidado com o descarte inadequado de resíduos que possam gerar incêndios, como bitucas de cigarro e materiais inflamáveis.
Com a continuidade das altas temperaturas prevista para as próximas semanas, os estados afetados devem permanecer em alerta. A população precisa estar atenta aos comunicados das autoridades meteorológicas e de saúde para evitar maiores danos causados por este período de calor extremo.
Fonte: G1
Redação: portal de notícias hora da informação
