Por que Neymar chorou?

Opinião Esporte

O pranto de Neymar depois da goleada sofrida pelo Santos para o Vasco, uma sacola de seis gols a zero, mostrou muito mais do que a vergonha de ser surrado dentro de campo, num confronto que já foi um clássico esperado do futebol brasileiro. É o prenúncio, mesmo que se diga o contrário, de um fim de carreira melancólico de um jogador fenomenal. Digno de todos os adjetivos positivos.

As suas lágrimas, no final da partida contra o Vasco, não diminuem ou tornam invisível a sua responsabilidade, tampouco diminuem a dos companheiros, pelo placar ou dos resultados anterior e posição na classificação do Santos no Campeonato Brasileiro, que ronda a zona da morte. O tempo passou para Neymar, que não consegue manter-se inteiro, intenso durante as partidas. Não se vê entrega, correndo tanto quanto os colegas. As suas atuações não estão à altura da sua responsabilidade, do seu reconhecido talento.

A cada partida, cada resultado ruim, a sua imagem sai um pouco desgastada. Se assim continuar, a torcida, até agora compreensiva, vai perder a paciência com o atacante. Os deuses dos gramados também são apupados e tem seus momentos ou períodos de fraquezas. O tempo também passa para eles. Se continuar nesta toada, dificilmente vai ser convocado para a Copa do Mundo do próximo ano, que é o seu principal objetivo do retorno ao futebol brasileiro, e, assim, lutar pela conquista do seu principal troféu.

O atacante parece estar desmotivado. A vontade de vencer, de receber o aplauso e ouvir a torcida ecoando o seu nome no estádio movem, estimulam os atletas na busca constante da vitória. Neymar vem perdendo a gana a olhos vistos.

Foto: Marcello Zambrana/AGIF

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