Presidente da Câmara mostra que velho jogo político continua ditando as regras em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se fechou em copas e ainda não explicou `a nação denúncia de que o caseiro da fazenda dele, na Paraíba, era nomeado no seu gabinete em Brasília. O silêncio é revelador. Apenas lhe resta o benefício da dúvida.
Adiar o que tem a explicar não vai adiantar nada, porque a internet, tão odiada por políticos severgonhos, não vai deixar que o escândalo, como um cadáver, esfrie, seja enterrado e caia no esquecimento. O Conselho de Ética, os brasileiros de bem o aguardam.
Hugo Motta sequer esquentou a cadeira de presidente da Casa e se tornou refém do sistema, devido ao seu passado de flertes com transações nada republicanas e as denúncias que pairam sobre familiares dele, metidos na política. Ou faz o que ele quer ou … Está enrolado no xale da doida.
A derrota do governo na escolha do presidente e do relator da CPMI do INSS mostrou para o joão medroso que a realidade agora é outra. O governo vai ter que rebolar muito para retomar o comando da rédea. Motta vai saber negociar em desvantagem. Vai ter que aprender a não prometer muito quando estiver encurralado, nas cordas.
Além do aperto, do fogo nada amigo que vem do Planalto e seus aliados, Hugo Motta não tem o apoio do seu primeiro vice-presidente, Altineu Cortes, que já anunciou que na primeira oportunidade que tiver pauta o projeto de anistia para os cidadãos acusados de terrorismo pelo STF.
Ou seja: ele não pode receber o afago destinados aos membros das comitivas de Loola que corre o mundo e se hospeda nos melhores e caros hotéis. Vai perder a boca livre, o turismo bancado pela viúva. Coitado, tão jovem e tão acuado.
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Divulgação