Novas regras do Ministério dos Transportes permitem que motoristas capacitados ensinem direção de forma independente
De acordo com o Ministério dos Transportes, a ideia é modernizar o processo de formação dos motoristas e facilitar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A proposta ainda está em consulta pública, mas já desperta interesse de muita gente que quer trabalhar como instrutor de trânsito autônomo por conta própria e também de quem quer economizar para tirar a habilitação.
Curso obrigatório para quem quer ser instrutor de trânsito
Para poder atuar como instrutor de trânsito autônomo, o motorista vai precisar fazer um curso específico. Nesse curso, ele vai aprender sobre leis de trânsito, segurança, direção defensiva e também como ensinar o aluno de forma correta. Depois das aulas, vai ter uma prova. Quem passar recebe um certificado e pode pedir autorização ao Detran para começar a trabalhar.
O Detran será o responsável por liberar a autorização e enviar os dados do instrutor para o Ministério dos Transportes. Lá, o nome dele vai ser colocado em uma lista oficial de instrutores habilitados, que poderá ser consultada por qualquer pessoa.
O carro ou a moto usados nas aulas podem ser do aluno ou do próprio instrutor. Mas o veículo precisa seguir as regras do Código de Trânsito Brasileiro, estar em bom estado e ter uma identificação mostrando que está sendo usado para ensino.
Fiscalização e carteira profissional
Mesmo trabalhando de forma autônoma, o instrutor vai continuar sendo fiscalizado pelo Detran. Durante as aulas, ele deve portar a CNH, a credencial de instrutor e a licença de aprendizagem veicular. A carteira de identificação profissional vai ser gratuita e poderá ser emitida pelo site da Senatran, desde que o profissional tenha feito todo o processo corretamente.
Essa mudança faz parte das propostas do governo para deixar o processo de tirar a CNH mais simples e barato. Hoje, o valor médio pode chegar a R$ 3 mil, mas o governo acredita que, com a nova forma de ensino, o custo pode cair até 80%.
Apesar da novidade, as provas teórica e prática vão continuar obrigatórias. Ou seja, o candidato ainda vai precisar estudar e mostrar que tem conhecimento para dirigir com segurança. A diferença é que agora ele vai poder escolher entre aprender em uma autoescola ou com um instrutor autônomo.
Essa mudança pode abrir novas oportunidades de trabalho e também tornar o acesso à habilitação mais justo para quem não tem condições de pagar caro.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Lidiana Cuiabano/Detran-MT





