Estudo mostra que o município paulista está na frente no tratamento de água e esgoto entre as maiores cidades do Brasil
O Instituto Trata Brasil (ITB) fez um estudo junto com a GO Associados pra mostrar como anda o saneamento básico nas cem maiores cidades do país. Esse levantamento é conhecido como Ranking do Saneamento e já está na sua 17ª edição. Nele, Campinas, no estado de São Paulo, apareceu em primeiro lugar em 2025, ficando na frente de Limeira, também paulista, e de Niterói, no Rio de Janeiro.
O estudo mostrou que, das vinte melhores cidades, nove são de São Paulo, cinco ficam no Paraná, três em Minas Gerais, duas em Goiás e uma no Rio. Isso mostra que o Sudeste e o Sul ainda são as regiões mais avançadas quando o assunto é tratamento de água e esgoto.
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Entre as primeiras colocadas estão Campinas (SP), Limeira (SP), Niterói (RJ), São José do Rio Preto (SP) e Franca (SP). Depois aparecem Aparecida de Goiânia (GO), Goiânia (GO), Santos (SP), Uberaba (MG) e Foz do Iguaçu (PR). Essas cidades foram as que mais investiram e melhoraram seus serviços de abastecimento e tratamento de esgoto nos últimos anos.
Como é feito o ranking do saneamento
O Instituto considera três pontos principais pra fazer a lista: o quanto da população é atendida, o quanto os serviços melhoraram e o nível de eficiência. Dentro disso, são analisados dados sobre o fornecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto, o investimento que é feito por pessoa e também quanto de água é perdida nos canos até chegar nas casas.
Esses critérios são importantes porque mostram quem está realmente investindo em saneamento e quem ainda tem muito a fazer. A nota final das cidades é calculada com base nesses dados, que são os mesmos usados por empresas e órgãos públicos pra medir o desempenho do setor.
O saneamento básico de Campinas
Campinas é um exemplo de cidade que planejou bem. Em 2022, ela estava em 24º lugar e, agora, em 2025, chegou ao topo. Isso aconteceu por causa do Plano Campinas 2030, lançado em 2021, com investimento de mais de um bilhão de reais. O plano foi dividido em quatro partes: aumentar a capacidade de reservação de água, diminuir as perdas na distribuição, produzir água de reúso e buscar novas formas de captação.
Com essas ações, a cidade conseguiu números impressionantes. Hoje, 99,69% da população tem água tratada, 95,89% tem coleta de esgoto e 83,94% de todo esgoto é tratado. As perdas na distribuição ficaram em 19,67%, o que é considerado um bom resultado. O investimento médio foi de R$ 166,70 por pessoa.
Um passo à frente do Brasil
Com tudo isso, Campinas conseguiu atingir as metas do Marco Legal do Saneamento antes do tempo. A lei diz que até 2033 todas as cidades precisam ter 99% da população com água potável e 90% com esgoto tratado. Campinas já chegou lá quase dez anos antes.
Esse resultado mostra que, quando existe planejamento e investimento, é possível melhorar de verdade a vida das pessoas. Ter água limpa e esgoto tratado é o básico pra saúde e pra qualidade de vida.
Mas o estudo também lembra que muitas cidades brasileiras, principalmente no nordeste, ainda estão longe desse cenário. Milhões de pessoas continuam sem acesso à água e ao esgoto. Ou seja, ainda tem muito trabalho pela frente pra que todo o país chegue no mesmo nível das cidades que aparecem no topo do ranking.
Fonte: Brasil 61
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil





